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A maçaneta é quase uma instituição nacional, a figura do “maçaneta” está sempre presente nas nossas vidas desde a mais tenra idade, há maçanetas desde a escola primária. Não sei se a importância deste comportamento na nossa sociedade é uma herança dos tempos da ditadura, onde era quase uma instituição, ou se faz parte da nossa forma de ser. O maçaneta é, em regra, um indivíduo que prescinde da sua dignidade para obter proveitos exibindo uma postura de subserviência e lealdades caninas, desta forma obtém como contrapartida a simpatia de quem manda, permitindo-lhe obter ganhos para além dos que alcançaria com as suas capacidades ou com manifestações de dignidade.
Caso mais específico do “apanha”ou do “recolhe”como os são conhecidos no meio policial
Os tais maçanetas a que nos habituamos na infância vamos encontrá-los ao longo da vida, principalmente no emprego de policial, em quase todas as delegacias, onde dar propina e também receber pode resultar em proveitos adicionais. Há maçanetas e cadeirantes por todo o lado, mas em especial na Administração Pública já que as empresas vivem dos resultados e não podem prescindir dos mais capazes em favor dos “maçanetas” e dos incompetentes.
Onde há mesmo uma grande concentração de maçanetas é nos cargos dirigentes da nossa amada polícia civil de São Paulo, em especial nas delegacias, ditas especializadas... “Não admira que na burocracia interna do Estado sejam freqüentes expressões como “DEIXA QUIETO, ENVIE PARA AS CONSIDERAÇOES DO CHEFE” é ele que melhor decidirá”, “à consideração superior” e muitas outras, desnecessárias, mas que servem como manifestação permanente de obediência e por que não dizer de subserviência.
Os gabinetes do poder estão mesmo pejados de aduladores, bajuladores, puxa-sacos e outros que infestam a instituição policial.Gente a quem não passa pela cabeça a mais pequena critica ao “chefe” e que se desdobram em gestos de subserviência. Os tiras badboys acabam por ser a reencarnação política dos maçanetas que conhecemos na nossa primeira delegacia, logo no início de nossas carreiras.
A necessidade de bajular o chefe da delegacia é tão grande que leva a que muita gente perca a noção da realidade, os próprios policiais cadeirantes vivem num mundo em que são considerados quase deuses, não sendo raros os que só se apercebem, do que o povo pensava mesmo deles no dia dos bondes, só quando toma uma “ripa”.
Não admira que num mesmo mês os maçanetas de plantão, com a ajuda dos cadeirantes classe especial, deram mais uma forcinha para tentar aniquilar com o nosso querido jornal... FLIT PARALISANTE, nós bem sabemos que o Delegado Roberto Conde Guerra, é que nem baygon... Mata tudo, o propósito do FLIT, também, só que lá no FLIT PARALISANTE os insetos são maiores.
LIGEIRINHO
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