Coisas da Cosa Nostra
A máfia de agora prefere o mouse à metralhadora. O faturamento anual alcança 75 bilhões de euros, o dobro da Fiat e da Enel.
Numa mesa de refeições da Cosa Nostra não pode faltar a marancitula. Nos restaurantes sicilianos é conveniente usar outra terminologia para pedir a mesma pasta al ricci, ou seja, massa com molho de ovas extraídas de ouriços (ricci) do Mar Mediterrâneo.
Num restaurante da palermitana Pizza Sant’Andrea, e enquanto passava o pão no molho de ricci (faceva la scarpetta), o jornalista siciliano Francesco La Licata, certa vez, fez considerações precisas sobre o fenômeno mafioso.
La Licata é um dos maiores expertos em criminalidade organizada e autor de várias obras, dentre elas a Storia di Giovanni Falcone, publicada pela editora Rizzoli. Hoje, ele é alto diretor e editorialista do jornal La Stampa, depois de passagens pelos Giornale di Sicilia e L’Ora, este fundado em 1900, na cidade de Palermo.
Num breve resumo, ele confirmou que a máfia de agora prefere o mouse à metralhadora, isto é, a tecnologia à brutalidade. La Licata frisou, também, que todos os velhos capi-mafie foram intuitivos e buscavam orientações com técnicos de ponta, para evitar riscos, em especial interceptações telefônicas e escutas ambientais.
Para a lavagem de dinheiro, a Cosa Nostra, desde que virou transnacional, convoca grandes especialistas em finanças e operadores de ponta de infovias eletrônicas de circulação de capitais.
Com efeito, não é à toa que a Cosa Nostra alcança um faturamento anual de 75 bilhões de euros, conforme revelado no IX Rapporto SOS Impresa-Confesercenti. Para ter idéia, o faturamento mafioso representa o dobro dos ganhos da Fiat e da Enel, do setor elétrico. Por pouco não alcança a Eni, que é a gigante do petróleo e gás natural. Todos os dias, 200 milhões de euros trocam as mãos dos empresários pelas dos mafiosos.
A liberdade, a competição e a riqueza são valores proclamados pela Cosa Nostra. Só que, numa chave correta de leitura, liberdade significa arbítrio, competição vale como monopólio e riqueza quer dizer domínio.
No contraste à criminalidade organizada, a antimáfia italiana, a partir da emergência de 1992, partiu para o emprego de recursos tecnológicos de ponta. Além de proteção, os peritos contam com equipamentos de última geração. O mesmo ocorre com as forças de ordem e as procuradorias antimáfia.
Ao contrário do Brasil, os bloqueadores de celulares funcionam nos presídios especiais de disciplina dura. Muitos colaboradores de Justiça, liberados provisórios e albergados são controlados com pulseiras ou tornozeleiras eletrônicas: o alarme dispara quando se afastam da zona de controle.
Em nosso país, muitos se espantaram com a notícia de o casal fundador e líder da Igreja Renascer em Cristo estar sendo vigiado por chip colocado em tornozeleira, isso depois de postos em liberdade provisória, na cidade de Miami. A propósito, no Brasil, essa tecnologia só é utilizada por empresas privadas, prestadoras de serviços de localização de veículos automotores furtados ou roubados.
O juiz Nicolau dos Santos Neto, apelidado de Lalau, não usa pulseira nem tornozeleira eletrônica na sua prisão-mansão. Por isso, o contribuinte paga a sua escolta policial, uma hipocrisia, pois o juiz Nicolau – cuja remuneração de magistrado ninguém sabe se ultrapassa o teto constitucional – jamais fugirá enquanto for mantido o regime prisional domiciliar: a falta de hospital penitenciário adequado levou Lalau a descontar a pena de 26 anos e 6 meses de reclusão, pelo desvio de 170 milhões de reais de obra pública, na sua aristocrática mansão, um impenhorável bem de família.
Na sexta-feira 26, a antimáfia italiana, enquanto ocorria a cerimônia de instalação do Ano Judiciário, em Palermo, recebeu muito mal o discurso de Luigi Li Gotti, representante do ministro da Justiça. Li Gotti, segundo homem no Ministério da Justiça, quer reduzir os gastos do Estado italiano no que toca à compra de equipamentos eletrônicos.
Segundo Li Gotti, nos últimos três anos, com a compra e manutenção de equipamentos de escuta ambiental e interceptações telefônicas, gastou-se 1 bilhão de euros.
Li Gotti tornou-se conhecido na defesa de mafiosos arrependidos. Ele foi constituído advogado de Tommaso Buscetta (Don Masino) e acompanhou as delações feitas ao juiz Falcone. Advogou para Giovanni Brusca, o chefão mafioso que acionou, por teleprocessamento a distância, a carga de dinamite que mandou Falcone pelos ares. Cuidou, ainda, da defesa técnica do megatraficante de drogas Salvatore Contorno, que ficou sob a guarda da Justiça norte-americana e reclamou a obtenção de um Green Card.
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O texto abaixo foi enviado por
Carla Raphael Rodrigues, para o blogue do Mhário Lincoln do Brasil, que aliás, de forma compulsória empresta para o ligeirinho do Jardim Chove balas, com os devidos créditos a grande escritora Carla Raphael Rodrigues, (juro que um dia ainda roubo-a para escrever no meu blogue) pois a máfia é coisa séria, menos no Brasil é claro, Tommaso Buscetta ( o Don Masino) que o diga.
Aliás, os Italianos são fantásticos. Eles inventaram a máfia, o café expresso, (pelo menos a máquina de fazê-lo) inventaram também a Gina Lolobrigida, o Roberto Baggio (aquele do pênalti na copa do mundo). É mano no Brasil tamos chegando lá, (quase)
O que eu queria dizer era...
O BRASILEIRO É APENAS UM ITALIANO MORENO QUE FALA PORTUGUÊS
Entao vejamos, confira no link abaixo.
• Go to tcc.¬itc.¬it/¬people/¬rocchi/¬fun/¬europe.¬html
• Confiram o site acima e descubram a verdadeira identidade brasileira.
• A banda boa italiana deu origem à beleza das brasileiras; também àquela preferência nacional por “bumbum” mais cheio.
• A banda honesta da descendência italiana fez a Parte Geral do Código Penal Brasileiro.
• A banda podre da descendência italiana fez a Parte Especial do Código Penal Brasileiro; aliás, uma espécie de adaptação da legislação penal italiana.
• Pois a banda podre italiana é especialista na teoria e prática .
• Italiano é muito competente, levou 30 anos para requerer a extradição de um suposto “terrorista”.
• E não leva em conta que o Brasil não extradita quem , segundo a lei brasileira, é apontado, acusado ou condenado por crimes “prescritos” ; conforme a nossa Lei.
• ITALIANOS QUEREM GANHAR SEMPRE…SE NÃO FOR NA BOLA, NA SOLA!
• SE NÃO DER NA LEI…NO GRITO E NO TAPETÃO.
• O brasileiro , desonesto, é tipicamente um italiano comum.
• Ah, o Argentino é tipicamente italiano.
• E por tal razão não gostamos dos vizinhos portenhos.
• Eles são como espelho…O espelho daquilo que somos e detestamos…
• Brasileiros e Argentinos, falam português e espanhol, vestem-se como ingleses e americanos e, como legítimos italianos, SE ACHAM O TAL.
Não é vero Mau/Mal Marchesi
Aqui no blogue do ligeirinho os insetos são menores.
• Créditos : J.R.P - delpol PC
Tommaso Buscetta (Agrigento, 13 de julho de 1928 — Nova Iorque, 4 de abril de 2000) foi um dos mais importantes membros da Cosa Nostra, a máfia siciliana. Foi um "arrependido", ou seja, colaborou com a Justiça delatando companheiros e informando o juiz Giovanni Falcone sobre as estruturas da organização e seus esquemas de corrupção de políticos.
Nasceu numa família muito pobre (mãe dona-de-casa, pai vidraceiro), casou-se aos dezesseis anos e para ganhar dinheiro deu início a uma série de atividades ilegais, como o comércio clandestino de fichas para o racionamento da farinha, distribuídas durante o vintênio fascista. Esta função o tornou bastante célebre também em Palermo, onde não obstante a pouca idade foi cognominado Don Masino.
No fim da Segunda Guerra Mundial, vai para Nápoles e depois para Buenos Aires, onde abria uma vidraria: os escassos resultados econômicos do seu trabalho o obrigam, em 1957, a voltar a Palermo. Ali nos anos sessenta Buscetta relaciona-se com o clã de Luigi Rigotto e inicia o contrabando de tabaco, que se interrompe em 1961 com o começo da "Primeira Guerra à Máfia", da qual escapa, ficando dez anos fugitivo.
Durante esse período Buscetta casa-se outras duas vezes, utiliza identidades falsas (Manuele Lopez Cadena e Paulo Roberto Felici) e se desloca por vários países, passando pelos Estados Unidos, Brasil e México. Preso e extraditado pela polícia brasileira em 2 de novembro de 1972, é mantido no cárcere do "Ucciardone" (na capital siciliana) e condenado a catorze anos de prisão (reduzidos a cinco em recurso).
É libertado em 13 de fevereiro del 1980 e encontra trabalho como ajudante de carpinteiro. Em 8 de junho do mesmo ano, vendo-se em perigo, escapa novamente e vai ao Paraguai e de novo ao Brasil, onde aumenta de forma considerável seu patrimônio graças ao tráfico de entorpecentes. Em 24 de outubro de 1983 quarenta homens cercam sua casa e o conduzem à delegacia (comissaria). Buscetta tenta ser liberado oferecendo suborno, mas a tentativa fracassa e é mantido preso.
Em 1984 os juízes Giovanni Falcone e Vincenzo Geraci vão ao seu encontro e lhe pedem para que colabore com a justiça, mas Buscetta inicialmente não adminte nada. Extraditado, durante a viagem em avião tenta inutilmente o suicídio, ingerindo uma pequena quantidade de estricnina. Posteriormente, começa a revelar organogramas e planis da Máfia ao juiz Falcone e, por isto, passa a ser considerado o primeiro mafioso arrependido da história.
Em 1993 é extraditado aos Estados Unidos e recebe do governo uma nova identidade e a liberdade (vigiada) em troca de novas revelações contra os planos da Cosa Nostra norte-americana. Nos EUA sofre cirurgias plásticas para depistar os numerosos "assassinos sob encomenda" que tem ao encalço, visto que colaborar com a justiça é, no meio mafioso, a mais grave das traições. Morre de câncer no ano 2000 com 71 anos de idade.
CuriosidadeNo Brasil, dada a semelhança ortográfica e fonética do sobrenome "Buscetta", que em italiano e siciliano pronuncia-se bʊʃɛtɑ ("buxéta", com o "x" pronunciado como em "Xavier"), com uma palavra de baixo calão, era comum que nos meios de comunicação o mafioso fosse referido como "Tommaso Buschetta", pronunciando-se bʊskɛtɑ ("busqueta").
LIGEIRINHO DO JARDIM CHOVE BALAS
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