Polinter encontra papéis com instruções de como os bandidos devem ‘patrulhar’ comunidade contra a polícia e bandos rivais
Da lavra de LESLIE LEITÃO
Rio - Documentos apreendidos por agentes da Polinter na casa de um dos principais seguranças do chefe do tráfico da Favela da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, na operação da última quinta-feira, revelam a organização da quadrilha. Os papéis mostram que, na comunidade de São Conrado, bandidos estão recebendo instruções de guerrilha para enfrentar a polícia e traficantes rivais. “Está claro que isso é o tipo de ensinamento dado por alguém que tem conhecimento militar”, afirma a delegada Roberta Carvalho, diretora da Polinter.
Arte: O Dia
Na casa do traficante conhecido como Rogério 157, na Estrada da Gávea, os agentes encontraram folhas, com conteúdo feito em computador, que revelam ensinamento de táticas de patrulhamento. Entre elas, a de usar no mínimo oito homens em cada grupo de “vigilância” da favela.
Numa outra folha, aparecem palavras normalmente usadas por policiais durante operações, como ‘Holp’ (interjeição utilizada para um homem informar ao outro seu posicionamento); ‘Tô Contigo’ (expressão que indica que o local está coberto e que portanto é possível avançar).
Táticas militares foram colocadas em prática pelos bandidos logo que a polícia deixou o morro, ainda no início da noite de quinta-feira, ao final da ação que deixou sete bandidos mortos. Nem estava revoltado por não ter tomado conhecimento da ação policial, algo que virou praxe para ele. Encurralado dentro de sua casa, ele ainda conseguiu escapar, mas não sem alguns ferimentos pelo corpo.
Varredura

A primeira ordem do bandido foi para que ninguém dormisse. Neste instante, deu-se início a uma varredura por diversas casas da comunidade. Os criminosos estavam desconfiados de que policiais infiltrados continuavam dentro da Rocinha, à espera de uma oportunidade para usar a chamada tática do ‘Cavalo de Tróia’. Nada foi achado, até porque a polícia realmente saíra.
Mas ninguém teve sossego. Um grupo de bandidos ficou praticamente a noite inteira, armado com fuzis e granadas, à espera de um novo ataque na Rua 2, um dos pontos estratégicos na geografia da favela.
O DIA já denunciou envolvimento de ex-militares com o tráfico da Rocinha. Entre eles, Jorge Luiz de Oliveira, o Predador, um dos “homens de guerra” do bando. Ele liderou o ataque pela mata na tentativa de invasão ao Morro da Formiga, Tijuca, meses atrás.
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Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã...de cara para o Morumbi ,muito chique...
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